sábado, 3 de dezembro de 2011

Nós nos casaríamos



“Nós nos casaríamos. Não necessariamente você de terno, e eu de vestido branco. Mas dividiríamos uma mesma cama, uma mesma vida e um mesmo sobrenome. Acordaríamos juntos e logo pela manhã, alguma implicância já iria nos afetar. Você tomaria seu banho demorado, e eu bateria as portas do guarda-roupa com força para que você ouvisse e percebesse minha pressa. Você falaria algumas bobagens, eu retrucaria. Depois, você me calaria com um beijo, me jogaria na cama e ali resolveríamos nossas diferenças. Eu faria questão de preparar o nosso café da manhã. Deixaria sua tigela de cereais posta à ponta da mesa, juntamente com seu leite morno e seu jornal do dia. Do lado, eu colocaria o meu café meio amargo, juntamente com minhas bolachas favoritas. Provavelmente você sairia atrasado para seu trabalho, e eu para o meu. Você me surpreenderia no horário do almoço com uma mensagem simples, daquelas que me fazem sorrir feito criança. O dia passaria devagar, pois não estaríamos juntos. Quando, enfim, o expediente de ambos acabasse, nós nos encontraríamos em casa. Você chegaria com aquela sua cara de cansado, se jogaria no sofá e pediria pra eu pegar algo para beber. Mas não seria cerveja. Eu te entregaria uma garrafa de Coca-Cola, com apenas um copo, e também um prato de brigadeiro. Quando você pensasse que iria se deliciar sozinho, eu pularia no seu colo, roubando o copo da sua mão e tomando tudo que nele ainda restasse. Você, então, pegaria o copo da minha mão, o colocaria na mesinha de canto e me beijaria como se nada mais no mundo te importasse. Nós ficaríamos ali, abraçados, assistindo filmes de comédia até o anoitecer. Levaríamos uma vida morna. Brigaríamos como cão e gato. Nas férias, você iria querer me levar para a praia, e eu iria querer te levar para as montanhas. Você acabaria cedendo, e depois diria que sempre faz minhas vontades mesmo. No domingo chuvoso, enquanto filmes melodramáticos passassem na tevê, você pegaria seu violão e me levaria para sentar no terraço. Lá, você cantaria aquela canção que parece ter sido escrita para nós dois, e depois, aconchegaria meu rosto em seu peito, para que assim eu descansasse. Do dia seguinte, talvez brigaríamos para decidir quem entraria no banho primeiro, quem prepararia o café, e quem passaria no mercado para comprar Doritos. Nos dias entediantes, nós trocaríamos mensagens. Eu no quarto e você na sala, separados por uma distância máxima de vinte metros. Sentaríamos no chão da sala e pensaríamos nos nomes que nossos futuros filhos receberiam. Nós conversaríamos sobre tudo. Eu acabaria entendo um pouco sobre futebol, e você um pouco sobre moda. Falaríamos besteira e sorriríamos ao ver que naquele lar havia uma coisa chamada “amor”. Não perderíamos o ar de jovens apaixonados. Escreveríamos bilhetes, provocaríamos um ao outro e sussurraríamos todos os dias o quão feliz estávamos. Esses eram alguns dos meus planos, e neles, nós seríamos eternamente felizes.” (dilacerar)
Nós nos casaríamos. Não necessariamente você de terno, e eu de vestido branco. Mas dividiríamos uma mesma cama, uma mesma vida e um mesmo sobrenome. Acordaríamos juntos e logo pela manhã, alguma implicância já iria nos afetar. Você tomaria seu banho demorado, e eu bateria as portas do guarda-roupa com força para que você ouvisse e percebesse minha pressa. Você falaria algumas bobagens, eu retrucaria. Depois, você me calaria com um beijo, me jogaria na cama e ali resolveríamos nossas diferenças. Eu faria questão de preparar o nosso café da manhã. Deixaria sua tigela de cereais posta à ponta da mesa, juntamente com seu leite morno e seu jornal do dia. Do lado, eu colocaria o meu café meio amargo, juntamente com minhas bolachas favoritas. Provavelmente você sairia atrasado para seu trabalho, e eu para o meu. Você me surpreenderia no horário do almoço com uma mensagem simples, daquelas que me fazem sorrir feito criança. O dia passaria devagar, pois não estaríamos juntos. Quando, enfim, o expediente de ambos acabasse, nós nos encontraríamos em casa. Você chegaria com aquela sua cara de cansado, se jogaria no sofá e pediria pra eu pegar algo para beber. Mas não seria cerveja. Eu te entregaria uma garrafa de Coca-Cola, com apenas um copo, e também um prato de brigadeiro. Quando você pensasse que iria se deliciar sozinho, eu pularia no seu colo, roubando o copo da sua mão e tomando tudo que nele ainda restasse. Você, então, pegaria o copo da minha mão, o colocaria na mesinha de canto e me beijaria como se nada mais no mundo te importasse. Nós ficaríamos ali, abraçados, assistindo filmes de comédia até o anoitecer.Levaríamos uma vida morna. Brigaríamos como cão e gato. Nas férias, você iria querer me levar para a praia, e eu iria querer te levar para as montanhas. Você acabaria cedendo, e depois diria que sempre faz minhas vontades mesmo. No domingo chuvoso, enquanto filmes melodramáticos passassem na tevê, você pegaria seu violão e me levaria para sentar no terraço. Lá, você cantaria aquela canção que parece ter sido escrita para nós dois, e depois, aconchegaria meu rosto em seu peito, para que assim eu descansasse. Do dia seguinte, talvez brigaríamos para decidir quem entraria no banho primeiro, quem prepararia o café, e quem passaria no mercado para comprar Doritos. Nos dias entediantes, nós trocaríamos mensagens. Eu no quarto e você na sala, separados por uma distância máxima de vinte metros. Sentaríamos no chão da sala e pensaríamos nos nomes que nossos futuros filhos receberiam. Nós conversaríamos sobre tudo. Eu acabaria entendo um pouco sobre futebol, e você um pouco sobre moda. Falaríamos besteira e sorriríamos ao ver que naquele lar havia uma coisa chamada “amor”. Não perderíamos o ar de jovens apaixonados. Escreveríamos bilhetes, provocaríamos um ao outro e sussurraríamos todos os dias o quão feliz estávamos. Esses eram alguns dos meus planos, e neles, nós seríamos eternamente felizes.”

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